Parkinson aposenta? Conheça os direitos e benefícios previdenciários

mal de parkinson dá direito a aposentadoria inss
Compartilhe

A doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva que pode, sim, levar à aposentadoria pelo INSS.

Quando os sintomas interferem de forma significativa na capacidade de trabalhar, o portador pode ter direito a benefícios como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença ou até mesmo o BPC (LOAS), dependendo do caso.

Mas esses direitos não são automáticos, é preciso comprovar a incapacidade com laudos médicos e passar por perícia no INSS.

Por isso, nesse guia completo, você vai descobrir em quais situações o mal de Parkinson aposenta, quais são os outros benefícios disponíveis e como solicitar cada um deles com segurança.

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson (CID G20) é uma condição neurológica progressiva que afeta o sistema motor, tendo como principais sintomas:

  • Tremores e rigidez muscular
  • Lentidão nos movimentos
  • Alterações na fala e no equilíbrio
  • Alterações no sono
  • Também pode causar problemas cognitivos e emocionais

A doença é mais comum em pessoas com mais de 60 anos e, com o tempo, as limitações podem impedir o exercício de qualquer atividade profissional.

Por isso, muita gente se pergunta se a doença de Parkinson aposenta. A resposta depende do grau de incapacidade.

O Parkinson se enquadra como PcD?

Sim. O Parkinson é reconhecido como uma deficiência, principalmente nos estágios mais avançados da doença.

Existem 2 aposentadorias do INSS especialmente para PcD, que possibilitam essas pessoas aposentarem mais cedo:

  1. Aposentadoria por tempo de contribuição da PcD
  2. Aposentadoria por idade da PcD

As Pessoas com Deficiência (PcD) ainda têm acesso a políticas públicas e outros benefícios, como isenção de impostos e vagas reservadas.

Quais são os direitos do portador de Parkinson?

Pessoas com Parkinson têm direito a diferentes benefícios do INSS, dependendo do grau da doença e do histórico de contribuições:

  1. Aposentadoria por invalidez (Aposentadoria por incapacidade permanente)
  2. Auxílio-doença (Auxílio por incapacidade temporária)
  3. Benefício de prestação continuada (BPC/LOAS)

A concessão depende da gravidade da doença, da capacidade de trabalho e das contribuições feitas ao INSS:

Aposentadoria por invalidez para portadores de Parkinson

Quando a doença atinge um estágio que impede o trabalho de forma permanente, é possível solicitar a aposentadoria por invalidez.

Confira os requisitos para solicitar a aposentadoria por invalidez:

  • Estar na qualidade de segurado
  • Comprovar a incapacidade total e permanente
  • Ter 12 contribuições (carência), mas para doenças graves não precisa cumprir carência.

Muitas vezes o Parkinson aposenta por invalidez sem ter que cumprir um número mínimo de contribuição (carência), por ser considerada uma doença grave pelo INSS.

É possível receber uma aposentadoria por invalidez 100% integral, principalmente se a pessoa necessitar do auxílio de terceiros, o que dá direito a um adicional no valor do benefício, conforme veremos adiante.

Auxílio-doença para pacientes com Parkinson em estágio inicial

Nos estágios iniciais da doença, quando a incapacidade não é definitiva, o auxílio-doença pode ser o benefício mais indicado, pois exige:

  • Qualidade de segurado
  • Laudo médico que comprove a incapacidade temporária
  • Carência de 12 meses de contribuição (se for considerada grave, não precisa cumprir a carência).

Muitas pessoas começam recebendo auxílio-doença e, com a evolução da doença, ele é transformado em aposentadoria por invalidez.

BPC/LOAS para pessoas com Parkinson sem contribuições suficientes

Quem nunca contribuiu com o INSS ou não tem contribuições suficientes pode solicitar o BPC (LOAS), um benefício assistencial que tem os seguintes requisitos:

  • Renda familiar por pessoa inferior a ¼ do salário mínimo
  • Incapacidade para vida independente e trabalho

O valor do benefício é de 1 salário mínimo, sem direito a 13º nem pensão por morte. \

Atenção: Mesmo que a renda da família ultrapasse ¼ do salário mínimo por pessoa, ainda é possível conseguir o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Para isso, é necessário provar que a pessoa vive em situação de miséria, com documentos como:

  • Despesas médicas elevadas
  • Uso constante de fraldas ou medicamentos
  • Alimentação especial
  • Tratamentos contínuos de saúde

Esses fatores ajudam a mostrar que, mesmo com renda um pouco acima do limite, a família não tem condições dignas de sobrevivência.

Como se aposentar por Parkinson?

Veja o passo a passo para saber como solicitar seu benefício por parkinson:

  1. Reúna os documentos: laudos médicos atualizados, exames, receitas e atestados que comprovem a evolução da doença.
  2. Acesse o Meu INSS: pelo site ou aplicativo, faça login com sua conta Gov.br.
  3. Solicite o benefício: escolha “Pedir Benefício por Incapacidade” e siga as instruções.
  4. Agende a perícia médica: o sistema irá direcionar você para marcar uma avaliação presencial.
  5. Acompanhe o resultado: após a perícia, você pode consultar o andamento e o resultado pelo próprio aplicativo.

Se quiser apoio em todas essas etapas, a Bocchi Advogados pode te ajudar com orientação completa e segurança no processo.

Não sabe quanto tempo de contribuição você tem?Nós preparamos uma calculadora de aposentadoria gratuita para te ajudar!Confira agora mesmo!

Como funciona perícia médica do INSS para quem tem Parkinson?

A perícia é a etapa mais decisiva no pedido de aposentadoria, auxílio ou BPC para quem tem parkinson.

É nela que o perito médico vai avaliar os sintomas, os exames apresentados e se a doença realmente incapacita para o trabalho.

Dicas para perícia médica:

  • Leve todos os documentos médicos organizados
  • Mostre como os sintomas afetam sua rotina
  • Seja claro sobre suas limitações

Um bom preparo para a perícia aumenta muito as chances de aprovação.

Quem tem doença de Parkinson pode trabalhar normalmente?

Em fases iniciais, muitos pacientes ainda conseguem trabalhar, com adaptações.

No entanto, com a progressão da doença, sintomas como tremores, rigidez e perda de equilíbrio limitam a capacidade de manter atividades laborais.

Por isso, é comum o INSS conceder primeiro o auxílio-doença, e depois convertê-lo em aposentadoria por invalidez.

Caso consiga a aposentadoria por invalidez INSS, não a pessoa não pode mais trabalhar, sob pena de ter o benefício cortado.

Por que muitos pedidos são negados pelo INSS e como recorrer?

Entre os principais motivos de negativa estão:

  • Falta de documentos médicos claros ou incompletos
  • Perícia médica desfavorável
  • Falhas no pedido e desconhecimento sobre os direitos

Se você receber a negativa do INSS, não é o fim da linha, pois ainda é possível recorrer de 2 formas:

  • Recurso administrativo (em até 30 dias): entrar com um pedido de reavaliação do caso, no próprio INSS.
  • Ação judicial: é possível entrar com uma ação na justiça para revisar a decisão da previdência. Na justiça você passará por nova perícia médica, mas agora com um perito de confiança do Juiz.

A Bocchi Advogados atua com especialistas em recursos e ações judiciais previdenciárias e pode cuidar de todo esse processo por você.

Adicional de 25% para aposentados com Parkinson que necessitam de cuidador

Quem se aposenta por invalidez e precisa de ajuda permanente de terceiros pode solicitar um adicional de 25% no valor do benefício.

Isso inclui casos de Parkinson em estágio avançado, com perda de autonomia para atividades básicas como se alimentar, tomar banho ou andar.

Esse valor é acrescido mesmo que o benefício atinja o teto do INSS, e continua sendo pago enquanto houver necessidade de cuidados contínuos.

Como solicitar o adicional de 25% no INSS

Para solicitar o adicional de 25% na aposentadoria por invalidez é preciso seguir os seguintes passos:

  1. Agendar uma perícia médica no INSS para comprovar a necessidade de ajuda constante de outra pessoa para as atividades
  2. Comparecer à perícia com os documentos e laudos médicos que comprovem a condição, principalmente relatórios detalhados sobre o estado de saúde.

Se for reconhecida a necessidade de assistência permanente, o adicional será pago sobre o valor mensal da aposentadoria.

Caso o adicional seja negado, você ainda pode recorrer administrativamente ou buscar seus direitos na justiça.

Outros benefícios e direitos de quem sofre mal de Parkinson

Além do acesso a benefícios do  INSS, a pessoa com Parkinson pode ter direito a outros benefícios garantidos por lei:

  • Saque do FGTS e do PIS
  • Quitação do financiamento do imóvel
  • Isenção ou desconto em impostos como IR, IPTU, IPVA, IPI e IOF

Esses direitos podem aliviar o impacto financeiro do tratamento.

Como um advogado especializado pode ajudar no seu caso?

Conseguir a aposentadoria ou auxílio-doença por Parkinson não é simples.

Muitos pedidos são negados por falta de orientação adequada, mas um advogado especialista em direito previdenciário pode te auxiliar à:

  • Organizar toda a documentação
  • Acompanhar perícias e prazos
  • Atuar no processo administrativo e judicial

Um advogado especialista sabe exatamente quais documentos preparar, como montar o pedido e como agir em caso de negativa — seja na fase administrativa ou judicial.

Na Bocchi Advogados, já ajudamos centenas de pessoas com doenças degenerativas como Parkinson a garantirem seus direitos no INSS.

Se você ou um familiar está passando por isso, conte com nosso time para cuidar de tudo com agilidade, estratégia e humanidade.

Peça sua aposentadoria por invalidez com apoio jurídico e tenha segurança ao buscar o benefício que você merece.

Foto de Hilário Bocchi Neto (Tico)

Hilário Bocchi Neto (Tico)

OAB/SP 331.392 – Advogado e Jornalista especialista em Previdência. Gestor pela USP e pela PUC. Autor do Livro Manual do Advogado Previdenciário. Adora estudar e ficar com a família.
Seja notificado sempre que sair um novo artigo em nosso blog.
Inscreva-se no formulário abaixo